Você está interessado em comprar um carro ou uma casa? O consórcio pode ser uma opção. Ao fazer um consórcio, você pode adquirir uma infinidade de serviços e produtos como bicicletas para pedalar, máquinas e equipamentos para trabalho, eletroeletrônicos para lazer e diversos serviços. Mas como um consórcio?
O consórcio é uma modalidade de compra pautada na união de pessoas físicas ou jurídicas interessadas em adquirir bens móveis, imóveis e serviços. A compra desses itens é viabilizada pela poupança, que é formada justamente pelos integrantes desse grupo, cuja constituição só pode ser feita por uma Administradora de Consórcios, autorizada e fiscalizada pelo Banco Central.
Se você deseja saber se realmente um consórcio vale a pena, continue lendo este artigo.
Como é formada a poupança do consórcio?
As pessoas interessadas em adquirir um bem ou serviço, chamadas de consórcios, contribuem, por um período determinado, com uma quantia em dinheiro destinada à constituição de um fundo comum para todos os integrantes do grupo. Depois que os consorciados são sorteados, ou têm seus lances contemplados, eles usam parte desse fundo para comprar o que quiserem.
Como fazer parte de um consórcio?
A primeira coisa que um interessado em participar de um consórcio deve fazer é procurar uma administradora de consórcios, que como vimos, tem autorização do Banco Central para operar. Para verificar se uma empresa está autorizada a atuar basta acessar o site do banco central.
Depois de decidir qual é o grupo de consórcio mais interessante, que atenda às necessidades do cliente, é hora de assinar o contrato. Neste ponto, é importante que o consorciado leia atentamente as cláusulas para conhecer seus direitos e suas obrigações; verificar a vigência do grupo de vencimento, os percentuais de contribuição e demais despesas e garantias por ele prestadas, a serem contempladas; a contemplação de regras por sorteio e lance; e a forma de pagamento antecipado dos benefícios.
Existem duas formas de aderir a um grupo de consórcio: comprando uma cota de um grupo de treinamento ou comprando uma cota de um grupo já formado. A primeira opção é a mais frequente, e ocorre quando a administradora ainda está formando o grupo consorciado, e por isso não realizou Assembleia Geral Ordinária do grupo.
No segundo caso, o administrador já realizou a primeira Assembleia Geral Ordinária e o requerente deve optar por comprar uma quota vaga ou substituição – quota que não foi vendida ou pertencente a um membro que saiu do grupo e é vendida pelo Administrador – ou realizar transferência de cota – ação que for comprada diretamente do consorciado ou administradora sob a qual este tenha deixado a cargo da transferência.
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Quanto tempo o grupo está sindicado?
O grupo consorciado é formalmente constituído na data de ocorrência da primeira Assembleia Geral Ordinária, que é quando há distribuição de empréstimos para aquisição de bens ou serviços e prestação de informações gerais sobre o andamento do grupo.
A duração do grupo depende do prazo que o consorciado tem para pagar o crédito que contratou. Este prazo deve constar do contrato e ser definido pela administradora.
Qual o valor dos benefícios?
Os valores dos benefícios a serem pagos pelo consórcio são pré-definidos no contrato. Estão incluídos nas prestações o fundo comum – valor pago para formar poupança – a comissão de gestão – valor pago para gerir os serviços prestados – e, caso esteja previsto no contrato, o fundo de reserva e/ou seguro – fundo de protecção assegura o funcionamento do grupo.
Quando ocorre a contemplação?
A contemplação ocorre quando o consorciado consegue o crédito contratado para adquirir o bem ou serviço de seu interesse. Existem dois tipos de contemplação, por sorteio e lance.
A contemplação por sorteio, como o nome diz, ocorre quando o consórcio é sorteado. Todos aqueles que estão em dia com o pagamento de suas contribuições têm a mesma chance de serem sorteados.
A contemplação por lance é o lance por oferecimento do consórcio ativo, após o sorteio. Cada contrato define os critérios para licitações de fornecimento e empate.
Como usar o crédito?
Quando o consórcio é contemplado, ele passa a poder utilizar o crédito para adquirir o bem ou serviço, conforme definido no contrato, e tem total liberdade para decidir quando realizar a compra.
Ele pode utilizar até 10% do seu crédito para pagar as despesas relacionadas ao bem ou serviço adquirido (como cartório, transferência de titularidade e registro de instituições e seguros), além de utilizar o saldo de sua conta vinculada ao FGTS para contemplar seu crédito e assim adquirir um imóvel de maior valor ao seu crédito, utilizar o crédito para quitar o financiamento de sua posse e converter o caixa em crédito após 180 dias da contemplação.
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Afinal, o consórcio vale a pena?
O consórcio só vale a pena se você consegue arcar com as despesas desse contrato. É fundamental que avalie as parcelas que cabem no seu bolso, escolher uma administradora de confiança e comparar os valores oferecidos.
Além disso, tolerar os prazos é essencial para o sentimento de empolgação, visto que, se você aderir a um contrato de 100 parcelas pode ser beneficiado antes ou no final do contrato.
Deste modo, o objetivo do consórcio é que todos, ao final do grupo, adquiram a carta de crédito. Segundo Eliane Tanabe Deliberali, da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), é importante manter o pagamento em dia para evitar processos por inadimplência.
Ela também explica que desfazer-se de um consórcio pode acarretar prejuízo. Mesmo tendo a possibilidade de passar a cota para outro interessado, “sempre vai ter um deságio, e, com isso, perda de parte do que a pessoa pagou”.
Portanto, analise bem as suas condições de vida e se você consegue arcar com o financeiro até o final do contrato para não haver problema futuro.